Em uma ação inédita e impactante, Pfizer e Vogue se uniram para levar ao público informação relevante sobre uma realidade que está na pele e no dia a dia de milhões de adultos brasileiros: a dermatite atópica. Com uma sobrecapa especial e uma reportagem que aprofunda o assunto com dados e depoimentos reais, a revista, conhecida mundialmente por suas capas repletas de modelos e celebridades, agora abre suas páginas para o tema e conta como é a rotina de pessoas que convivem com a doença.
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MESMO IMPACTANDO A QUALIDADE DE VIDA DE ADULTOS E CRIANÇAS, A DERMATITE ATÓPICA AINDA É DESCONHECIDA PELA POPULAÇÃO. A PROFESSORA SUZANA DE ALMEIDA VIVE COM A CONDIÇÃO E BATALHA PARA DESMISTIFICÁ-LA.
O clima seco e os longos períodos de estiagem de Brasília costumavam ser muito desafiadores para Suzana de Almeida. Desde os seis meses, a professora sofre de dermatite atópica, uma condição genética não transmissível caracterizada por descamações, vermelhidão e coceira desenfreada, além de pele seca e sensível. Para falar sobre o assunto, ela criou um perfil no Instagram batizado de @MinhaVidaComDermatite e, aos 27 anos, celebra o bom momento: a doença está controlada e aos poucos faz as pazes com o espelho, com o qual vive uma relação instável desde a infância. Com apenas sete anos, viveu uma crise que ficou marcada para sempre na memória. “A pele estava descamando bastante, meu corpo bem machucado e era doloroso olhar no espelho. Cobri todos da casa. Não queria me ver. Meu pai chegou do trabalho, viu a cena, me levantou e falou que eu era uma princesa”, lembra emocionada. Foi um divisor de águas — quando está passando por um dia ruim, lembra dessa história.
Além de afetar a aparência, a doença, pouco conhecida, carrega o estigma de que é contagiosa e de revelar suposta falta de cuidado. Segundo dados apresentados na pesquisa “O que os brasileiros sabem sobre dermatite atópica”, realizada pelo Ipec a pedido da Pfizer, 41% dos entrevistados nunca ouviram falar a respeito, e essa porcentagem aumenta para 50% entre os homens e para 56% entre jovens de 18 a 24 anos. Cerca de 20% também não conseguiriam reconhecer um sintoma. “A desinformação sobre a dermatite atópica alimenta o preconceito, acarretando prejuízos emocionais aos pacientes”, afirma Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil.
Os números sinalizam o quanto é preciso conscientizar a população, principal objetivo de Suzana na rede social. Com o perfil, quer evitar, por exemplo, que alguém repita a saga que enfrentou ao passar por quase 100 médicos, entre dermatologistas e alergistas, até encontrar uma profissional para cuidar de seu caso. Não foram poucas as noites em claro por causa da coceira perturbadora e os dias em hospitais tratando as infecções de pele. Muitos profissionais chegaram a dizer que sua condição era tão grave que não adiantaria um tratamento. “Chegava à consulta e recebia uma receita pronta. Um dos pontos mais difíceis é encontrar um médico que entenda a doença”, desabafa. A dermatite atópica se manifesta na pele, mas também na forma de asma e rinite. Então, visitas a pneumologistas foram igualmente comuns, assim como a gastroenterologistas, resultado de uma esofagite eosinofílica (inflamação no esôfago) e de alergias alimentares (nunca sentiu o gosto de água de coco). “Trata-se, na realidade, de uma doença multifatorial, que envolve aspectos genéticos, ambientais e imunológicos. A dermatite pode estar associada a outras formas de atopia, como asma, rinite, conjuntivite alérgica, urticária e dermatite de contato”, afirma a dermatologista Rosana Lazzarini, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Para que a pele se mantenha controlada, os cuidados são diários. No caso de Suzana, isso inclui o uso de hidratantes e sabonetes específicos e idas ao consultório a cada seis meses. Ela faz também terapia e meditação, pois o estresse e a ansiedade podem levar a uma crise. “Trabalho para que a mente não entre nesse lugar. A infância e a adolescência foram muito difíceis. Demorei para encontrar beleza em mim. Via só a doença, não conseguia enxergar a Suzana”, reflete. No passado, seria impensável usar um biquíni ou shorts por temer os comentários sobre as manchas nos locais das lesões. “Hoje, às vezes nem lembro. São partes de quem sou e não tenho mais medo do que vão falar”. Inclusive, a autoaceitação é um tópico abordado on-line e em sala de aula, com as crianças para as quais leciona. Enxerga como missão tornar os alunos mais conscientes: “Apesar da pouca idade, as crianças já têm questões complexas. Escutei de uma aluna que ela não queria ser preta e de outras, que eram magras ou gordas demais. Precisamos entender que não temos o direito de julgar o corpo de outra pessoa”.
pesquisa de Opinião pública sobre dermatite Atópica. Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec).
Consultado em: Maio-junho/2022.
PP-UNP-BRA-0553 e PP-UNP-BRA-0801