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HomeNotíciasReleasesPesquisa revela que mulheres subestimam importância da mamografiaPesquisa revela que mulheres subestimam importância da mamografia na detecção do câncer de mama, ignoram fatores de risco e consideram o tratamento desigual no Brasil

03/10/2022

Levantamento com internautas das cinco regiões do País mostra que a maioria confia, em primeiro lugar, no autoexame para o diagnóstico do tumor e grande parte desconhece as indicações médicas para a mamografia 

O autoexame é considerado por muitas mulheres a principal forma de detectar tumores de mama precocemente. Essa percepção, que difere da recomendação das sociedades médicas brasileiras, é um dos achados da pesquisa Câncer de mama hoje: como o Brasil enxerga a paciente e sua doença?, realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) com 1.397 mulheres, a pedido da Pfizer. Foram entrevistadas moradoras de São Paulo (capital) e das regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal, com 20 anos ou mais de idade. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o autoexame é indicado como autoconhecimento em relação ao próprio corpo, mas não deve substituir os exames realizados ou prescritos pelo médico, já que muitas lesões, ainda pequenas, não são palpáveis. Contudo, 64% das mulheres que participaram da nova pesquisa do Ipec acreditam que o procedimento seria o principal meio para o diagnóstico do câncer de mama em seu estágio inicial. 

Além da confusão em torno do papel do autoexame, a maioria das mulheres ouvidas pelo IPEC também demonstra desconhecer as recomendações médicas para a realização da mamografia, que pode detectar tumores menores que 1 cm. Para 54% das respondentes não está clara a necessidade de passar pelo procedimento caso outros exames, como o ultrassom das mamas, não indiquem alterações: 38 % acreditam que a mamografia deve ser feita apenas mediante achados suspeitos em outros testes, enquanto 16% não sabem opinar. 

A recomendação geral das sociedades médicas é a de que, a partir dos 40 anos, as mulheres realizem a mamografia anualmente. Mas 51% das respondentes da pesquisa não estão cientes da importância dessa regularidade: 30% das entrevistadas estão convencidas de que, após um primeiro exame com resultado normal, a mulher estaria liberada para realizar apenas o autoexame em casa, enquanto 21% da amostra afirma desconhecer qual seria a orientação correta. 

“Ao fazer a apalpação e não encontrar nada, a mulher pode acreditar que as mamas estão saudáveis e deixar de fazer avaliações de rotina que detectariam um possível tumor precocemente. Quando a doença é diagnosticada no estágio inicial, ela é mais fácil de tratar, o que melhora o prognóstico e contribui para a redução da mortalidade”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro. Atualmente, os tumores de mama são a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. 

Em outra frente, o levantamento também aponta que 33% das mulheres ouvidas não têm informações adequados sobre a relação entre a idade e o câncer de mama: 10% nada sabem a esse respeito, enquanto 8% acreditam que aquelas com 40 anos ou menos não precisam se preocupar com a doença e 13% estão convencidas de que as mulheres devem iniciar os exames de rastreamento apenas quando entram na menopausa.

Pandemia

Os dados da pesquisa indicam que o cenário pandêmico continua a impactar o cuidado com a saúde feminina. Quando questionadas sobre os exames mamários feitos nos últimos 18 meses, 48% das participantes responderam que não realizaram procedimentos com acompanhamento médico: 21% recorreram ao autoexame e 27% não passaram por nenhuma avaliação.  Em Recife e Belém as taxas são ainda mais elevadas. 

Considerando o total da amostra. apenas 36% das respondentes afirmam ter mantido a mamografia nos últimos 18 meses, número que cai para 26% no Distrito Federal. Quando se trata dos cuidados gerais de saúde, somente 17% das mulheres ouvidas pelo Ipec dizem que, durante a pandemia, realizaram seus exames de rotina com a mesma frequência habitual que mantinham anteriormente à COVID-19. Em Belém esse porcentual cai para 11%. Além disso, 23% das entrevistadas nessa região afirmam ter retomado sua rotina de consultas e exames apenas neste ano.

O novo levantamento aponta, ainda, que uma porcentagem considerável de mulheres ainda não retomou suas consultas médicas e exames desde que a pandemia começou: essa é a situação de 7% da população entrevistada, mas a taxa chega a 9% em Porto Alegre e no Recife. “Temos discutido o afastamento das pessoas de seus cuidados médicos de rotina desde o começo da pandemia. Passados quase três anos, essa situação persiste em alguns grupos, o que se revela muito preocupante, porque pode significar que menos tumores estão sendo identificados precocemente”, afirma Adriana. 

Hereditariedade e fatores de risco

A pesquisa evidencia que o desconhecimento sobre o câncer de mama entre as mulheres ouvidas vai além da falta de informação sobre a conduta adequada para a detecção precoce. A maior parte ignora a relação entre o estilo de vida e a doença: 58% das mulheres não associam o excesso de peso como um fator de risco, enquanto 74% não identificam a relação com o consumo de bebidas alcoólicas.    
Por outro lado, a herança genética é o fator mais apontado pelas entrevistadas quando perguntadas sobre as causas do câncer de mama: 82% estão convencidas de que a existência de outros casos do tumor na família seria o principal motivo para o desenvolvimento da doença. A literatura médica, contudo, aponta que apenas 5% a 10% do total de casos estão associados a esse elemento. 

“Estamos falando de uma doença multifatorial, em que hábitos de vida e até comportamentos sociais, como a redução no número de filhos, são considerados fatores de risco”, diz a diretora médica da Pfizer. As participantes da pesquisa desconhecem, por exemplo, a relação entre comportamentos associados à mulher moderna e o câncer de mama: apenas 17% estão cientes de que não ter filhos biológicos aumenta o risco para a doença e muitas ignoram o efeito protetor da amamentação, como é o caso de 55% das entrevistadas de Porto Alegre. 

Elementos ligados ao perfil reprodutivo das mulheres também compõem o leque de fatores de risco para o câncer de mama, como a menopausa tardia (após os 55 anos), mas apenas 13% das respondentes conhecem essa informação. Além disso, somente 8% estão cientes de que ter a primeira menstruação antes dos 12 anos também contribui para elevar esse risco. 

Mitos persistem

Alguns mitos ligados ao tema se mostram fortes na população estudada: 8% das mulheres ouvidas atribuem o câncer de mama a causas divinas, alegando que a doença teria aparecido porque “estava nos planos de Deus”. Essa percepção se acentua entre as mais velhas e alcança 10% das entrevistadas do Rio de Janeiro, onde 8% delas acreditam que o tumor teria relação com o fato de a mulher “não ter perdoado alguém”, acumulando mágoa. 

Entre as mulheres mais jovens, fake news recorrentes sobre o tema também aparecem. Na faixa que abrange entrevistadas de 20 a 29 anos, por exemplo, 47% não estão convencidas de que o tipo de sutiã usado não impacta no risco de te câncer de mama: 11% acreditam que os modelos com bojo elevam esse risco e 36% não sabem opinar sobre o assunto. Considerando todas as faixas etárias, em Porto Alegre apenas 59% das entrevistadas estão cientes de que a relação com essa peça de roupa é falsa. 

Tratamento e acesso

Quando perguntadas sobre a evolução do tratamento do câncer de mama no Brasil nos últimos cinco anos, a principal percepção das mulheres é a de que “houve um avanço importante para usuárias de planos de saúde”, mas as “pacientes da rede pública não têm acesso às medicações mais modernas”. Essa é a opinião de 37% das respondentes, mas a taxa chega a 43% no Rio de Janeiro cai para 23% em Porto Alegre. 

Em Belém, 30% das mulheres participantes dizem que o acesso aos tratamentos do câncer de mama é muito desigual no Brasil: também nessa localidade, 14% das respondentes têm a falsa percepção de que, embora o tratamento tenha avançado bastante, ainda não seria possível tratar a doença na fase de metástase. Já no Distrito Federal, 22% das entrevistadas alegam não ter nenhuma informação sobre o tratamento do câncer de mama. 

O desconhecimento também se destaca quando as respondentes são questionadas sobre os direitos das mulheres com câncer de mama. Mesmo entre aquelas que são usuárias da rede suplementar, 73% desconhecem que os planos de saúde devem oferecer tratamentos orais aprovados no Brasil a essas pacientes, conforme previsto na legislação.  

Referências 
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