06/02/2020
Alimentos orgânicos são aqueles produzidos sem uso de agrotóxicos sintéticos, transgênicos ou fertilizantes químicos. As técnicas do processo de produção respeitam o meio ambiente, a saúde do trabalhador agrícola, a do consumidor e têm como objetivo manter a qualidade do alimento. Frutas, legumes, verduras, hortaliças, carnes, ovos, feijão e cereais são alguns exemplos que podem ser produzidos dessa forma. Saiba quais os benefícios dos alimentos orgânicos e os reais riscos da produção convencional.
Ausência de agrotóxicos - nenhum pesticida sintético é usado na agricultura orgânica, fazendo com que os alimentos sejam mais saudáveis.
Melhoria da vida no campo - a agricultura orgânica contribui na melhoria das condições de vida socioeconômicas das comunidades rurais. Cultivos orgânicos necessitam de mais mão de obra, gerando emprego e renda aos que vivem longe das cidades.
Conservação do solo - a agricultura orgânica visa à conservação da fertilidade do solo, com a prática de rotação de culturas e adubação verde. Um dos princípios desse processo é retirar o mínimo possível do solo, já que ele é considerado um organismo vivo.
Redução de poluição ambiental - a agricultura convencional pode poluir o solo de cultivo com produtos químicos, além de dificultar a fixação de nitrogênio pelos microrganismos que habitam o solo, deixando-o mais pobre.
Manutenção do bem-estar animal - na produção orgânica de animais, eles são alimentados somente com produtos orgânicos e mantidos em locais mais espaçosos e menos estressantes, reduzindo o uso de hormônios artificiais ou antibióticos sintéticos.
Promoção da biodiversidade - a conservação do solo e a ausência de agrotóxicos ajudam na preservação de pássaros, insetos e outros animais da região.
Apesar da agricultura em larga escala permitir uma produção maior, o uso de agrotóxicos influencia na qualidade dos alimentos e na saúde tanto de quem consome, quanto de quem trabalha nas lavouras, além de causar impacto no solo, água, vegetação e animais locais. O Brasil usa cerca de 500 mil toneladas de agrotóxicos por ano para combater insetos, fungos e ervas daninhas nas lavouras. Os impactos são:
Alimentos com substâncias nocivas - 28% dos alimentos comercializados tem quantidades de agrotóxicos acima do recomendado. Entre os alimentos com maiores taxas estão pimentão, morango, pepino, cenoura e alface.
Intoxicação - os agrotóxicos são a segunda maior causa de intoxicação no país, perdendo para medicamentos. Os sintomas causados em quem trabalha diretamente com esses produtos incluem dores de cabeça, náuseas, dor de estômago, depressão, ansiedade, dores musculares, cólicas abdominais, queimaduras na pele e crises respiratórias.
Alterações nas células humanas - a exposição prolongada agrotóxicos pode causar alterações celulares, aumentando o risco para vários tipos de câncer, abortos e má formação do feto.
Degradação do meio ambiente - amostras de água de lagos e rios em regiões agrícolas, e consequentemente peixes e anfíbios, apresentaram quantidades tóxicas de substâncias químicas usadas em agrotóxicos, algumas proibidas no Brasil.
http://www.fai.com.br/portal/pibid/adm/atividades_anexo/5079a074c4889bafb054206a2ff27993.pdf - acessado 04/07/2019
http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v42n117/0103-1104-sdeb-42-117-0518.pdf - acessado em 04/07/2019
PP-PFE-BRA-2385