15/01/2020
O transplante de medula óssea é um dos tratamentos indicados para a leucemia, tipo de câncer que atinge os glóbulos brancos do sangue e faz cerca de 10 mil casos por ano. Para que o paciente tenha a chance de encontrar um doador de medula óssea compatível são necessários muitos cadastros de doadores. Veja como funciona o processo de doação de medula e como você pode colaborar.
Além da leucemia, o transplante de medula é tratamento para outras 80 doenças, em diferentes estágios. A primeira tentativa de achar compatibilidade é testar entre os irmãos do paciente. No entanto, ela é encontrada em apenas 25% dos casos. O restante depende da busca por um doador compatível no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea - REDOME, portanto, quanto mais pessoas dispostas a doar, mais vidas serão salvas.
Para ser um candidato a doador, é preciso:
- Ter entre 18 e 54 anos e 11 meses;
- Estar em boas condições de saúde;
- Não ter alguma doença por infecção ou incapacitante;
- Não ter alguma doença do sistema imunológico, do sangue ou câncer.
Algumas doenças crônicas, como diabetes, são avaliadas individualmente e podem não ser um impeditivo, caso estejam controladas.
Primeira etapa - a pessoa interessada em doar medula deve procurar um hemocentro, onde será informada sobre todo o procedimento, e deverá assinar um termo de consentimento e preencher uma ficha de informações pessoais. Uma amostra de 10ml de sangue será retirada e levada para análise, que vai verificar as características genéticas do doador e cruzar com as de pacientes que precisam de transplante.
Segunda etapa - os dados pessoais e características genéticas do voluntário ficam armazenados no REDOME. Quando houver compatibilidade com algum paciente, o candidato a doador é consultado para dar continuidade ao processo. Assim que confirmar, são feitos outros exames para comprovar a compatibilidade e verificar o estado de saúde do possível doador.
Terceira etapa - com os exames aprovados, o doador será internado por 24 horas para realizar o procedimento, que é feito sob anestesia geral ou peridural. O médico realizará algumas punções com agulhas nos ossos da bacia para retirar parte da medula óssea, de 15 ml a 20 ml por quilo do doador. O procedimento dura em média uma hora e meia e a pessoa recebe alta no dia seguinte.
Outro método de doação de medula é a coleta por aférese. Caso o médico opte por esse procedimento, o doador deverá tomar por cinco dias um medicamento que aumenta a quantidade de células-tronco no sangue, importantes para o transplante de medula óssea. Depois disso, a coleta é feita por uma máquina que separa as células-tronco e devolve o restante que não é necessário para o paciente. Para esse procedimento, não é preciso anestesia ou internação.
Complicações para o doador são raras e as chances são ainda menores quando há bom estado de saúde, reforçando a importância dos exames pré-doação. Depois do procedimento, a pessoa pode sentir um pouco de dor no local da punção, cansaço e dor de cabeça. Já a medula é completamente recuperada depois de 15 dias.
https://www.unimednortepaulista.com.br/noticias/entenda-a-importancia-da-doacao-de-medula-ossea - acessado em 13/01/2020
https://redome.inca.gov.br/doador/como-se-tornar-um-doador/ - acessado em 13/01/2020
https://redome.inca.gov.br/doador/a-doacao-de-medula-ossea/ - acessado em 13/01/2020
PP-PFE-BRA-2353