02/12/2021
Cerca de 81% dos internautas procuram se informar sobre doenças na internet. Esse é um hábito que cresce cada vez mais, principalmente depois do início da pandemia de Covid-19. Mas, como saber quais informações são confiáveis ou não em meio ao número cada vez maior de fake news, ou seja, de informações falsas que são publicadas em canais digitais no mundo todo? Descubra quais são as fontes seguras para buscar informações sobre saúde e saiba reconhecer conteúdos falsos ou duvidosos.
Qualquer pessoa pode publicar conteúdos na internet. Por isso, ao se deparar com informações na rede, procure verificar os seguintes dados antes de qualquer coisa:
Quem é responsável pelo site? É importante saber quem mantém o site para checar se é uma instituição ou alguém com credibilidade em relação às questões de saúde nas quais você está interessado. Fique atento se há muitos anúncios de produtos ou serviços nas páginas. Isso, geralmente, não acontece em sites da área da saúde.
Qual é a missão e a política de publicação do site? Verifique qual é o objetivo do site, quais são os critérios adotados para a publicação de conteúdos e se eles são produzidos ou passam pela aprovação de profissionais de saúde e, em caso positivo, quem são eles.
Os conteúdos têm lista das fontes das informações? Independentemente de os conteúdos terem ou não sido produzidos por um profissional de saúde, é importante que eles tenham uma lista de referências ou fontes para mostrar de onde saíram as informações prestadas. Cheque se as fontes são confiáveis ou se, simplesmente, são algum blog.
A informação é atual? Novas pesquisas clínicas sobre medicamentos, tratamentos e dados sobre as doenças são publicados constantemente. Então, verifique as fontes listadas e pesquise se elas são atuais. Mas, o simples fato de uma fonte ter sido publicada há mais tempo não significa que algo tenha mudado em relação às informações que ela contém. Se tiver dúvida, faça uma busca na internet para checar se algo mudou em relação a um dado específico.
O site exige cadastro para dar acesso às informações completas? O cadastro, geralmente, é usado para que o responsável pelo site saiba quem é o público e, em alguns casos, direcione o usuário – se ele for da área de saúde ou leigo - para uma versão do conteúdo mais técnica ou com linguagem mais acessível. No entanto, é importante ficar atento em relação a como seus dados serão utilizados. O site precisa oferecer essas informações na área de políticas de privacidade. Ainda mais se for um site brasileiro, que está sujeito à Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD.
Sempre que quiser se informar sobre assuntos ligados à saúde, priorize sites com credibilidade, que realmente se preocupam com a veracidade da informação. Esses veículos contratam especialistas da área e/ou profissionais de comunicação treinados para apurar notícias, realizar entrevistas e investigar dados para produzir conteúdo de saúde com qualidade.
Inclusive, existem selos de certificação de qualidade que podem ser bons indicadores de que o conteúdo do site é confiável. De qualquer forma, busque informações sobre saúde em sites como:
Organizações científicas – universidades, institutos de pesquisa e instituições reconhecidas da área da saúde, como a Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e hospitais de referência;
Organizações não-governamentais – existem várias dessas organizações que disponibilizam informações sérias e acessíveis para o público leigo em várias áreas, como oncologia, doenças raras, doenças reumatológicas, etc. Mas, sempre verifique se os conteúdos têm lista de fontes e até se passaram por revisão médica;
Associações de especialidades médicas – por exemplo, a Sociedade Brasileira de Infectologia e a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia;
Órgãos governamentais – como Anvisa, Ministério da Saúde e secretarias de saúde municipais e estaduais;
Plataformas científicas – existem várias plataformas que publicam conteúdos científicos após a revisão de pares, como SciELO.
Atenção! Qualquer informação disponível na internet, mesmo em sites confiáveis, não substitui a consulta com o médico. Ele é o profissional habilitado para avaliar e diagnosticar o seu caso e indicar o tratamento mais adequado para você. As informações sobre saúde disponíveis em sites são importantes para que as pessoas possam conhecer melhor diversos aspectos de saúde, se prepararem melhor em relação às perguntas que devem fazer nas consultas médicas e se empoderem em relação aos seus tratamentos.
Atualmente, devido ao grande aumento de fake news, já existem disponíveis ferramentas para verificar se informações publicadas são, de fato, verídicas ou não. Por isso, ao ver um conteúdo em um site, nas redes sociais ou no WhatsApp, é fundamental estar atento e ter os seguintes cuidados para evitar fake news:
Leia, ouça ou assista ao conteúdo com atenção antes de compartilhar;
Pesquise a informação no Google em sites com credibilidade e/ou utilize ferramentas de verificação de notícias, como Fato ou Fake, Agência Lupa e Estadão Verifica;
Se ficar em dúvida mesmo assim em relação à informação sobre saúde que você acessou, consulte órgãos oficiais e boletins de saúde;
Fuja de informações sobre saúde com expressões, como "cura milagrosa”, "grande descoberta científica”, "remédio antigo”, "ingrediente secreto”. Não existem soluções milagrosas;
Duvide de relatos de muitos benefícios relacionados a determinado medicamento sem a comprovação de fontes científicas, especialmente quando enviados em redes sociais;
Suspeite de conteúdos que causem reações emocionais muito fortes, como surpresa ou rejeição;
Nunca passe adiante uma informação que você não sabe se é verdade, mesmo que você tenha recebido de algum familiar ou amigo. Se você não conseguiu checar, é mais seguro não repassar.
Atenção! O WhatsApp é uma plataforma de comunicação que promove troca de mensagens, vídeos, áudios, imagens, textos e ligações. Qualquer pessoa que tem o aplicativo pode escrever uma informação e encaminhar para seus contatos.
No entanto, esse conteúdo não é, necessariamente, verídico e de uma fonte confiável. Inclusive, essa informação pode ser forjada para influenciar a opinião popular em benefício de uma determinada causa, empresa, produto ou questões políticas.
Também é importante dar uma atenção especial aos idosos, que tendem a acreditar mais facilmente em informações compartilhadas por amigos ou familiares, mas que não são de fontes confiáveis necessariamente.
Continue aprendendo mais sobre o assunto no Portal de Saúde e Bem-estar da Pfizer, o Cuidamos Juntos: https://www.cuidamosjuntos.com.br/
http://www.oncoguia.org.br/conteudo/artigo-informacoes-colhidas-na-internetsaiba-que-cuidados-tomar/950/8/ - acessado em 16/11/2021;
https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/2020/06/Coronav%C3%ADrus-Fake-News_Vydia_academics_FCFRP_USP.pdf - acessado em 16/11/2021;
https://www.rededorsaoluiz.com.br/instituto/idor/novidades/guia-sobre-como-nao-cair-em-fake-news-durante-a-pandemia - acessado em 16/11/2021.