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HomeNotíciasÚltimas NotíciasO que são as vacinas de RNA mensageiro e como essa tecnologia também pode tratar doenças?O que são as vacinas de RNA mensageiro e como essa tecnologia também pode tratar doenças?

03/11/2022


Apesar de a tecnologia de RNA mensageiro ser estudada há décadas, a aplicação dela só teve repercussão mundial quando foi utilizada para a produção em tempo recorde de vacina contra a Covid-19. Mas a função do RNA mensageiro vai além e pode ser usado, inclusive, no tratamento de vários tipos de cânceres. Para saber mais sobre esse tipo de tecnologia na área da saúde e como ele funciona, continue a leitura.

O que é o RNA mensageiro?

Para entender o que é o RNA mensageiro, é necessário saber como funcionam algumas estruturas das células envolvidas no armazenamento e na transmissão das informações genéticas delas para que possam se duplicar: 

DNA

O ácido desoxirribonucleico é uma molécula presente no núcleo de todas as células de qualquer ser vivo, exceto de alguns vírus. A função dele é armazenar as informações genéticas desse ser e transmiti-las para o RNA;

RNA

o ácido ribonucleico é responsável pela síntese das proteínas que formam todas as células a partir das informações armazenadas no DNA. Existem três tipos de RNA envolvidos no processo de síntese de proteínas, sendo que um deles é o RNA mensageiro.

RNA Mensageiro

Leva as informações genéticas do DNA, que estabelecem a ordem em que os aminoácidos devem ser unidos para que cada proteína seja formada;

RibossomosO que é o RNA mensageiro?

São estruturas que ficam no citoplasma da célula, cuja função é produzir as proteínas com as instruções trazidas pelo RNA mensageiro

Como funciona uma vacina com RNA mensageiro?

Até recentemente, todas as vacinas eram feitas a partir de uma parte de um agente infecioso específico morto ou atenuado que levava o organismo a reconhecê-lo como um agente estranho e desenvolver uma resposta imunológica que prevenisse a infecção.

a vacina de RNA mensageiro é feita a partir de um mRNA sintético que corresponde a uma determinada proteína do agente infecioso. Quem recebe essa vacina não é exposto a uma parte do micro-organismo que causa a doença, mas sim a um modelo de um RNA mensageiro dele. Isso faz com que as células produzam parte de uma proteína específica do agente infeccioso para que o organismo possa aprender que ela é estranha e, assim, desenvolva uma resposta imunológica, ou seja:

  1. Após a vacinação, o mRNA entra nas células e produz um pedaço inofensivo de uma determinada proteína do agente infeccioso. No caso do SARS-CoV-2, o vírus causador da Covid-19, é parte de um tipo de proteína encontrada na superfície dele, chamada de spike;
     

  2. Quando as células do nosso organismo produzem um pedaço inofensivo de uma determinada proteína do agente infeccioso, o sistema imunológico reconhece que ela não pertence ao organismo, ativando a produção de anticorpos e de outras células imunológicas para combater o que o corpo reconhece como uma infecção;
     

  3. Dessa forma, o corpo aprende a se proteger contra futuras infecções pelo mesmo tipo de vírus.

O RNA mensageiro (mRNA) foi descoberto no início dos anos 1960 e começou a ser pesquisado para utilização em vacinas na década seguinte. Entretanto, foram necessários muitos anos para solucionar vários problemas para tornar isso possível, sendo que o maior desafio foi como entregar o mRNA nas células sem que ele se degradasse antes.

A ideia se mostrou promissora em experimentos realizados durante os 1990 e 2000. O objetivo dos pesquisadores era criar vacinas para proteger contra doenças virais como influenza, ebola e síndrome respiratória aguda grave (SARS), além terapias para o câncer.

No caso do câncer, a principal diferença no uso de vacinas baseadas em mRNA em relação às doenças infecciosas é que o objetivo é terapêutico, ou seja, é o tratamento, não a prevenção. Então, no caso do câncer, o mRNA sintético acionaria o sistema imunológico para identificar e atacar as células cancerígenas que já existem na pessoa, ao invés de ensinar o sistema imunológico a identificar e atacar um agente infeccioso ao qual alguém pode ser exposto.

Quais as vantagens de vacinas produzidas com mRNA?

Um benefício que ficou muito evidente por conta da pandemia de Covid-19 em relação à tecnologia mRNA é a rapidez com que ela pode ser produzida. Diferentemente das vacinas convencionais, cujo processo de desenvolvimento e  aplicação pode levar anos por serem feitas a partir da inativação ou enfraquecimento de vírus, as vacinas de mRNA são produzidas de forma rápida e sintética, usando somente o código genético do patógeno. Outras vantagens importantes são:

  • Flexibilidade – com o mRNA, a vacina pode ser alterada rapidamente para poder agir contra variantes mais potentes do vírus;

  • Padronização - o RNA mensageiro é feito em laboratório, garantindo padronização da produção em grande escala, o que seria útil em prováveis novos grandes surtos e epidemias;

  • Maior segurança e eficácia – as vacinas de mRNA já foram aprovadas em todo o mundo e o seu uso na população entrega uma resposta imunológica rápida e eficaz.

Por que a tecnologia de mRNA é revolucionária na medicina?

Os estudos que envolvem o mRNA são realizados há décadas e são uma grande esperança na medicina. Seja por tornar possível o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde - o que por si só já é uma boa mostra do potencial da tecnologia, quanto pela possibilidade futura do RNA mensageiro ser capaz de induzir a destruição de células nocivas do nosso próprio organismo.

A tecnologia abre a perspectiva de que doenças como câncer de pulmão e aids, por exemplo, podem vir a ser evitáveis por vacinação, o que melhoraria a expectativa de vida de toda população mundial. Também poderiam ser tratadas pessoas com doenças genéticas raras ou outros distúrbios associados a proteínas ausentes ou que não funcionem corretamente. Nesse caso, o mRNA sintético introduzido no corpo serviria como modelo para a produção da proteína ausente ou disfuncional que é a causa da doença ou distúrbio raro.

Clique aqui e ouça o podcast “Tecnologia mRNA: vacinas e novos estudos” para saber mais sobre o assunto.

Referências

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