09/08/2023

O vírus sincicial respiratório (VSR) é um dos maiores responsáveis por infecções respiratórias em recém-nascidos e crianças pequenas. A incidência dos casos aumenta no outono e inverno, fazendo-se necessário reforçar os cuidados básicos de higiene para evitar a contaminação. Saiba mais sobre o VSR, sintomas e tratamento. 

O VSR é um vírus respiratório que causa sintomas semelhantes aos do resfriado. Adultos infectados se recuperam em até duas semanas, ao contrário das crianças que podem desenvolver uma forma mais grave da doença.

O vírus sincicial respiratório é a causa mais comum da bronquiolite (inflamação das pequenas vias aéreas no pulmão) e da pneumonia em crianças menores de um ano de idade. Quase todas as crianças são infectadas até os dois anos. 

A incidência de casos de infecção por VRS é maior nos meses de outono, inverno e início da primavera, podendo causar uma epidemia nesses meses. Porém, também é possível que aconteçam surtos da doença em outras épocas do ano, principalmente em regiões de clima tropical, como o Brasil.

O período de maior circulação do vírus muda de acordo com as regiões do país:

• Norte: fevereiro a junho

• Nordeste: março a julho

• Centro-oeste: março a julho

• Sudeste: março a julho

• Sul: abril a agosto

Crianças pequenas infectadas pelo VSR podem ter complicações mais graves, como a bronquiolite e a pneumonia. Idosos e bebês com menos de seis meses de idade podem precisar ser hospitalizados se apresentarem dificuldade para respirar ou desidratação.

Nos casos mais graves, pode-se fazer necessário o uso de oxigênio adicional, intubação e ventilação mecânica. A internação dura poucos dias na maioria dos casos. Já os adultos infectados com o vírus, geralmente não precisam ser hospitalizadas e se recuperam em casa.

Qualquer pessoa pode ser infectada pelo vírus sincicial respiratório, mas alguns grupos têm maior chance de desenvolver uma forma mais grave da doença. São eles:

• Bebês com menos de 6 meses de idade;

• Prematuros;

• Adultos com mais de 65 anos;

• Pessoas com problemas cardíacos ou doença pulmonar crônica;

• Pessoas com problemas no sistema imunológico.

Existem também outros fatores que podem deixar os indivíduos mais suscetíveis a desenvolver uma forma mais grave da infecção:

• Ser gêmeo;

• Ser do sexo masculino;

• Exposição a ambientes aglomerados e com pouca ventilação

• Exposição à fumaça.

O vírus é transmitido através do contato com superfícies contaminadas ou por contato direto com secreções ou gotículas do nariz ou da boca de pessoas infectadas. Uma pessoa infectada começa a transmitir o vírus dois dias antes de surgirem os sintomas e só termina quando a infecção estiver completamente controlada.

O período de incubação do vírus varia entre dois e oito dias, sendo o período de maior contágio nos primeiros dias de infecção.

Infectados pelo VSR apresentam sintomas dentro de quatro a seis dias depois da contaminação. Os sintomas da infecção incluem:

• Tosse;

• Congestão nasal;

• Otite média;

• Faringite;

• Febre;

• Diminuição do apetite;

• “Chiado” no peito.

Os sintomas começam a aparecer gradualmente. Em bebês muito novos, os únicos sinais podem ser irritabilidade e dificuldades respiratórias. Já em adultos, os indícios da infecção costumam ser brandos, mas ainda assim eles podem espalhar o vírus para outras pessoas.

Não há um tratamento específico para o vírus sincicial respiratório. Caso a criança apresente um quadro grave, é importante que ela seja hospitalizada para fazer a oxigenioterapia e outras medidas para melhorar os sintomas.

Na maior parte dos casos, as crianças costumam se recuperar em até sete dias. Entretanto, é possível que aconteçam alterações respiratórias crônicas, aumentando a possibilidade de desenvolver asma no futuro.

O diagnóstico da infecção é feito com exames laboratoriais.

A prevenção contra VRS se dá por meio de bons hábitos de higiene, principalmente nos meses mais frios. Alguns deles são:

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete;

• Cobrir a boca ao tossir ou espirrar com um lenço de papel, e não com as mãos;

• Usar álcool em gel nas mãos antes e depois de entrar em contato com uma pessoa infectada;

• Desinfectar superfícies e objetos potencialmente contaminados;

• Evitar aglomerações em locais fechados;

• Manter distância de pessoas com sintomas de gripe e outros problemas respiratórios;

• Evite contato próximo, como beijos, apertos de mão e compartilhamento de copos e talheres com outras pessoas;

• Limpe as superfícies tocadas com frequência, como maçanetas;

• Evite tocar no rosto se não estiver com as mãos limpas.