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Anemia e DIIs: o que você precisa saber

Problema comum em pacientes de Doenças Inflamatórias Intestinais, condição tem prevenção e tratamento.1

A anemia é um dos problemas mais comuns enfrentados por pessoas com Doenças Inflamatórias Intestinais (DIIs), causando grandes prejuízos na qualidade de vida dos pacientes. Mais do que um marcador laboratorial, a anemia é uma complicação que impacta nossas funções físicas, emocionais e cognitivas, assim como na capacidade de trabalho.1

Por definição, a anemia é um estado em que o sangue apresenta um número abaixo do normal de glóbulos vermelhos, também chamados de hemácias e/ou de hemoglobina, uma proteína sanguínea responsável por transportar o oxigênio pelo nosso corpo. Sem a oxigenação adequada, diferentes tecidos e órgãos passam a apresentar tipos variados de problemas.2

Considerada uma das manifestações extraintestinais das DIIs, há vários tipos anemia:1,2,3

  • Ferropriva: associada à deficiência de ferro, é comum em até 80% de pessoas com Retocolite Ulcerativa e 40% de pacientes com Doença de Crohn.2

  • Deficiência de vitamina B12: responsável pela produção de novos glóbulos vermelhos.3

  • Deficiência de ácido fólico: responsável por manter o sangue e células nervosas saudáveis.3

Causa e prevenção da anemia nas DIIs

Há uma série de motivos que levam pessoas com Doenças Inflamatórias Intestinais a desenvolverem anemia, principalmente do tipo ferropriva. A ingestão inadequada de alimentos fonte de ferro, problemas de absorção e perdas causadas por sangramento gastrointestinal — mais comuns na Retocolite Ulcerativa — são alguns exemplos. Além disso, podemos citar:2

  • Processo inflamatório crônico, que contribui para a redução da meia vida das hemácias.2,3

  • Absorção reduzida de ferro, vitamina B12 e ácido fólico no intestino, causada pela inflamação.3

  • Cirurgia no fim do intestino delgado (íleo), onde a vitamina B12 é absorvida.3

  • Não comer alimentos ricos em ferro, ácido fólico ou vitamina B12.3

  • Alguns tipos de medicação, que podem reduzir a absorção de ferro e vitamina B12, além de alterar o metabolismo do ácido fólico.3

A Organização Europeia de Crohn e Colite recomenda que pacientes com DIIs diagnosticados com anemia devem ser monitorados de forma preventiva e recorrente. No primeiro ano após o tratamento, a orientação é de uma checagem a cada três meses. Posteriormente, o acompanhamento pode ser feito entre seis e doze meses. É importante notar, ainda, que a anemia recorrente pode ser um indicativo de uma crise recorrente de DII, ainda que parâmetros clínicos e inflamatórios estejam normais.1

Como reconhecer os sintomas da anemia

A anemia conta com diversos sinais e sintomas que podem ser facilmente reconhecidos, como a sensação de que o ar não está chegando aos pulmões (dispneia), dor no peito (palpitações) e taquicardia, fadiga, palidez da pele e mucosas, menor tolerância a esforços, cansaço evidente, falta de apetite, dor de cabeça, irritabilidade e falta de concentração, entre outros.2,3

Apesar de apresentar sintomas similares à síndrome da fadiga crônica (alterações do sono, dor e outros sinais agravados pelo esforço), a fadiga associada à DII conta com critérios diagnósticos diferentes, cabendo ao médico gastroenterologista avaliar o quadro para determinar o papel da anemia.4

Como é feito o diagnóstico e tratamento

A anemia e a deficiência de ferro costumam impactar negativamente a vida dos pacientes, mas sem o acompanhamento médico adequado podem ficar sem diagnóstico e tratamento. O médico gastroenterologista é o responsável pelo monitoramento de seus exames de sangue. Cabe a ele avaliar se a anemia está sendo causada pela Doença Inflamatória Intestinal e revisar as medicações usadas no tratamento.3,5

O diagnóstico da anemia envolve a solicitação de um hemograma completo, análise de proteína C-reativa (PCR) e análise da cinética do ferro, assim como níveis de vitamina B12 e ácido fólico.1,3

O principal propósito do tratamento contra a anemia é melhorar a qualidade de vida do paciente, mas a única métrica objetiva que os médicos têm é a alteração da concentração de glóbulos vermelhos no hemograma. No geral, a terapêutica varia conforme a causa avaliada pelo médico.3,6,7

A importância de uma alimentação balanceada

 

Manter uma alimentação balanceada é essencial para pessoas com DIIs. Uma boa condição nutricional contribui para a redução dos sintomas e uma melhor resposta aos medicamentos. Por isso é importante o acompanhamento com um nutricionista, que pode avaliar sua dieta atual, orientar alterações e ainda explicar como determinados alimentos podem interferir na absorção de ferro, vitamina B12 e ácido fólico.3,8 

Há uma série de alimentos ricos em ferro que podem contribuir para elevar os níveis deste nutriente no sangue, como vegetais de folhas verdes, cereais fortificados, ovos, carne e leguminosas (ervilhas, feijões e lentilhas). A vitamina C também pode ajudar a melhorar a absorção de ferro pelo organismo, tornando o suco de laranja uma opção interessante para acompanhar o almoço. Por outro lado, beber muito chá com cafeína pode ser prejudicial na absorção do ferro.8

A principal recomendação é sempre buscar a orientação do gastroenterologista e do nutricionista, uma vez que estes profissionais farão indicações personalizadas de acordo com a necessidade de cada paciente.3

 

Referências

1.
Axel U Dignass et al, the European Crohn’s and Colitis Organisation [ECCO], European Consensus on the Diagnosis and Management of Iron Deficiency and Anaemia in Inflammatory Bowel Diseases, Journal of Crohn's and Colitis, Volume 9, Issue 3, March 2015, Pages 211–222, https://doi.org/10.1093/ecco-jcc/jju009
2. Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). Previna as anemias. 08/01/2022. <https://www.abcd.org.br/blog/artigos/previna-as-anemias/>. Acesso em 21 de agosto de 2023.
3. Crohn's & Colitis Australia. Anaemia in IBD. <https://crohnsandcolitis.org.au/living-with-crohns-colitis/lifestyle/nutrition/anaemia-in-ibd/>. Acesso em 21 de agosto de 2023.
4. Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn (ABCD). Fadiga é comum em pacientes com DII. 11/01/2022. <https://www.abcd.org.br/blog/artigos/fadiga-e-comum-em-pacientes-com-dii/>. Acesso em 21 de agosto de 2023.
5. Kaitha S, Bashir M, Ali T. Iron deficiency anemia in inflammatory bowel disease. World J Gastrointest Pathophysiol. 2015 Aug 15;6(3):62-72. doi: 10.4291/wjgp.v6.i3.62. PMID: 26301120; PMCID: PMC4540708.
6. Gasche C, Lomer MCE, Cavill I, et alIron, anaemia, and inflammatory bowel diseases. Gut 2004;53:1190-1197.
7. Crohn's & Colitis Foundation. Vitamin and Mineral Supplementation. <https://www.crohnscolitisfoundation.org/diet-and-nutrition/supplementation>. Acesso em 21 de agosto de 2023.
8. Organização Brasileira de Doença de Crohn e Colite – GEDIIB. Cartilha Nutrição na Doença Inflamatória Intestinal. <https://gediib.org.br/wp-content/uploads/2022/04/cartilha-nutricao-2.pdf>.
 


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