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Pesquisa revela que muitas gestantes desconhecem os benefícios da imunização materna para o bebê, falam pouco do tema no pré-natal e parte não sabe da existência de um calendário vacinal específico para o período  

Maioria das grávidas consultadas pelo Ipec acredita que se vacinar nessa fase protege exclusivamente a mãe; apenas 8% estão cientes da possibilidade de imunização contra a bronquiolite na gravidez, mas medo da doença cresce conforme a gestação avança 

02/12/2024

A vacinação não é tratada como tema prioritário no pré-natal, muitas gestantes desconhecem a existência de um calendário vacinal específico para essa fase e a maioria não está bem informada sobre os benefícios da imunização materna para o bebê. Essas são algumas conclusões de uma pesquisa inédita realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da Pfizer, com 530 mulheres grávidas de todas as regiões do Brasil.  

Em meio à profusão de patógenos respiratórios em circulação no Brasil1 e à crescente importância epidemiológica do vírus sincicial respiratório (VSR)2 nesse contexto, a nova pesquisa investiga a percepção da imunização materna entre as gestantes considerando também que a hesitação vacinal é um desafio importante no período gestacional, ainda que os imunizantes para esse público sejam recomendados e ofertados pelas autoridades de saúde e sociedades médicas3.  

Intitulado ‘Vacinação na gravidez: o que as gestantes brasileiras pensam sobre imunização materna diante do avanço do vírus sincicial respiratório (VSR)’, o levantamento contempla mulheres grávidas de 18 a 45 anos, em diferentes períodos gestacionais, tanto das classes A/B quanto das classes C/D/E, com leitura dos resultados por região: Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-oeste/Norte.

“A pesquisa aponta lacunas de informação sobre imunização em uma fase muito peculiar para a mulher, em que existe a chance de proteger duas vidas. Ao se vacinar, a gestante não apenas está beneficiando a sua própria saúde, num momento em que o sistema imunológico feminino se torna naturalmente mais vulnerável, como também tem a oportunidade de transferir anticorpos para o bebê, cuja imunidade ainda está em processo de desenvolvimento”, diz a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.  

Os resultados da pesquisa apontam que apenas 22% das gestantes respondentes estão cientes de que a vacinação na gravidez não almeja proteger exclusivamente a mãe de doenças infectocontagiosas, mas também a criança. Os benefícios da medida para o bebê não estão suficientemente claros para 78% da amostra, como indica a tabela abaixo:  

“O desenvolvimento de vacinas para gestantes é considerado prioritário pela Organização Mundial de Saúde, podendo reduzir as taxas de mortalidade infantil, aliviar a sobrecarga das unidades hospitalares pediátricas e, é claro, evitar esse forte impacto para as famílias”, lembra Adriana. “Paralelamente, precisamos combater a hesitação vacinal na gestação. A pesquisa Ipec descortina grandes oportunidades de aumentar a conscientização sobre o impacto positivo da imunização materna, tanto para a gestante quanto para o bebê, desde a primeira respiração”, complementa a médica.  

Um exemplo que ilustra o desconhecimento sobre a vacinação materna é a percepção em relação à bronquiolite – inflamação aguda das ramificações que conduzem o ar para dentro dos pulmões, podendo causar quadros graves em bebês4: apenas 8% das gestantes consultadas sabem que é possível se imunizar contra essa doença na gravidez, ainda que a medida seja recomendada tanto pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)5 como pela - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo)6.  
 

Embora a maioria das respondentes (94%) afirme que já ouviu falar sobre a bronquiolite, as informações que dispõem sobre o tema são equivocadas ou insuficientes. Apenas 22% das gestantes que demonstraram familiaridade com a doença têm uma concepção correta sobre o assunto, enquanto 24% desse grupo confundem bronquiolite com bronquite (uma condição crônica), bem como 36% afirmam diretamente que não dispõem de informações: 

Quando perguntadas sobre o impacto da bronquiolite, muitas das gestantes entrevistadas tendem a subestimar esses efeitos, enquanto uma em cada 5 (20%) afirma desconhecer totalmente esses impactos. Entre aquelas que consideram ter informação sobre o tema, 13% acreditam erroneamente que a doença não oferece risco de morte para os bebês. Na realidade, o vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável pelas bronquiolites em bebês, é considerado a causa mais comum de mortalidade no primeiro ano de vida no Brasil7.


Percepção sobre o VSR em um contexto desafiador 

Se o conhecimento geral a respeito da bronquiolite tem lacunas, a situação se torna ainda mais crítica quando as respondentes da pesquisa são questionadas de forma específica a respeito do VSR: 78% dessas gestantes ou nunca ouviram falar sobre o vírus (42%) ou até estão familiarizadas com o termo, mas dizem não ter mais conhecimento sobre o patógeno (36%).  

A desinformação sobre o VSR demonstrada pela pesquisa chama a atenção em um contexto epidemiológico marcado pela forte presença do vírus:  em 2024, considerando dados oficiais até 7 de novembro, o VSR desponta como a causa confirmada mais frequente de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no Brasil, detectado em 36% dos diagnósticos com resultado positivo para algum vírus respiratório1.  

Os dados oficiais também indicam que a presença do VSR em infecções respiratórias graves vem aumentando no Brasil nos últimos anos. Se em 2020 foram diagnosticados 1.681 casos de SRAG provocados pelo VSR, esse número passou para 12.478 em 2021, chegando a 16.775 em 20228 e ultrapassando os 22 mil casos em 20239. Neste ano, considerando informações compiladas apenas até novembro, o número de registros já passa de 26 mil10. Dados da literatura médica apontam que, até os 2 anos de idade, praticamente todas as crianças terão sido infectadas pelo VSR11.  

“Estamos falando de um vírus que é responsável por até 40% das pneumonias e 75% das bronquiolites nas crianças pequenas. Quanto menor a idade, mais suscetível o bebê. Por isso, é fundamental que esse tema faça parte das prioridades maternas desde a gestação”, diz a pediatra sanitarista Melissa Palmieri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) para a regional São Paulo. “Além de ser a principal causa de infecções respiratórias graves nos bebês, o VSR pode deixar consequências duradouras, como o desenvolvimento de asma”, complementa.  

Apesar do desconhecimento sobre o VSR evidenciado pela pesquisa, as principais doenças causadas por ele estão entre as cinco enfermidades mais temidas pelas respondentes em relação a seus bebês. Em primeiro lugar aparece a poliomielite, erradicada no Brasil, seguida por pneumonia e meningite. A bronquiolite aparece em 4º lugar – e esse temor cresce conforme a gestação avança, com 36% da amostra expressando receio em relação à doença até a 12ª semana de gestação e a taxa chegando a 49% para aquelas que estão entre a 24ª e a 36 ª semana. 


Calendário da gestante, pré-natal e prioridades 

As participantes da pesquisa desconhecem não apenas a possibilidade de se imunizar contra o principal vírus da bronquiolite na gestação, mas também outras recomendações para esse período. A vacinação para prevenção de hepatite B, medida também recomendada pelas sociedades médicas para grávidas5, é reconhecida por 48% da amostra, por exemplo. 

Em outra frente, parte das respondentes identifica como permitidos na gestação imunizantes que, na verdade, são contraindicados nessa fase5: esse é o caso da vacina contra o HPV (apontada por 25% das participantes) e daquela para a prevenção da catapora (sinalizada por 12% dessa amostra). De modo geral, menos de metade da amostra (47%) sabe que as gestantes não podem se vacinar com qualquer tipo de imunizante: 


O levantamento também revela outros dados que ajudam a explicar a desinformação em relação aos imunizantes recomendados na gestação: pouco mais da metade da amostra (58%) está ciente da existência do calendário vacinal específico para gestantes, enquanto 41% ignoram esse fato: 35% acreditam que o indicado seria seguir o calendário regular para mulheres de sua faixa etária (desconsiderando a gravidez) e parte das respondentes não tem conhecimento sobre o assunto: 

Em meio às dúvidas relacionadas ao tema, manter a carteirinha de vacinação atualizada não é considerado o autocuidado mais importante durante a gestação pelas respondentes: cumprir à risca os exames do pré-natal aparece em primeiro lugar (44%), mas a adoção de uma alimentação balanceada, por exemplo, também é mais valorizada (preconizada por 21% da amostra). A imunização materna se posiciona em terceiro (priorizada por 11%) e a percepção de sua importância reduz conforme a gestação avança, como demonstra o quadro a seguir:  

 O distanciamento das informações sobre vacinação é um desafio identificado no próprio pré-natal das participantes da pesquisa do Ipec. Perguntadas sobre o tema mais discutido durante as consultas, apenas 5% das respondentes apontaram a imunização materna. Exames de rotina (42%) e questões ligadas ao parto (16%) predominam nesses momentos. Até mesmo temáticas ligadas a mudanças no corpo (peso, estrias e manchas na pele, por exemplo) são mais priorizadas do que a vacinação na gestação: 


Ainda que, no levantamento, a vacinação materna não figure como prioridade nas consultas, 77% das gestantes pesquisadas indicam que o médico recomendou a imunização durante a gravidez – e 96% daquelas que receberam essa orientação seguiram a indicação do profissional. Parte das entrevistadas respondeu, contudo, que o profissional não chegou a abordar o tema (11%) ou, ainda, que contraindicou a vacinação. Cerca de 1 a cada 10 gestantes (11%) das classes A/B, por exemplo, sinalizou ter ouvido do médico a recomendação de não se imunizar durante a gravidez. 

Mitos que persistem e novas fake news 

A desinformação também se reflete na persistência de mitos antigos, tal como a associação entre vacinação e autismo: 35% das respondentes ou não sabem se essa relação é falsa ou a tomam como verdadeira. A força de fake news mais recentes também chama a atenção entre as mulheres consultadas: 40% não estão convencidas de que as vacinas não causam mutações genéticas nos bebês e 48% não descartam a falsa ideia de que imunizantes costumam deixar sequelas a longo prazo nas crianças: 

Quando perguntadas sobre o impacto da bronquiolite, muitas das gestantes entrevistadas tendem a subestimar esses efeitos, enquanto uma em cada 5 (20%) afirma desconhecer totalmente esses impactos. Entre aquelas que consideram ter informação sobre o tema, 13% acreditam erroneamente que a doença não oferece risco de morte para os bebês. Na realidade, o vírus sincicial respiratório (VSR), principal responsável pelas bronquiolites em bebês, é considerado a causa mais comum de mortalidade no primeiro ano de vida no Brasil7.


REFERÊNCIAS 
 
1. FRIOCRUZ. Infogripe (7/11/2024). Infogripe indica aumento de casos graves por rinovírus em crianças e adolescentes. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: InfoGripe indica aumento de casos graves por rinovírus em crianças e adolescentes 

2. DE VERAS, B. M. G., PINTO, T., HOLST, A. G., LEPETIC, A., MICHELIN, L., & DA COSTA GOMES, M. F. Casos graves de vírus sincicial respiratório em anos de pandemia: uma análise retrospectiva da base de dados do sivep-gripe no brasil (2020-2022). The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 27, 103129. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023003896?via%3Dihub 

3. Kochhar S, Edwards KM, Ropero Alvarez AM, Moro PL, Ortiz JR. Introduction of new vaccines for immunization in pregnancy – Programmatic, regulatory, safety and ethical considerations. Vaccine [Internet]. 2019 Acesso em novembro de 2024.Disponível em: Introduction of New Vaccines for Immunization in Pregnancy - Programmatic, Regulatory, Safety and Ethical Considerations | The Communication Initiative

4. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Diretrizes para o manejo da infecção causada pelo vírus sincicial respiratório (VSR), 2017.  Acesso em novembro de 2024. Disponível em: Diretrizes_manejo_infeccao_causada_VSR2017.pdf 

5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES (SBIm). Calendário de vacinação SBIm gestante 2024/2025. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: calend-sbim-gestante.pdf 

6. FEDERAÇÃO BRASILEIRA DAS ASSOCIAÇÕES DE GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA (FEBRASGO). Febrasgo position statement - Vírus sincicial respiratório: impacto da doença e estratégias preventivas em gestantes e idosos número. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: 01FPS20240006_Portugues.pdf 

7. PEREIRA EQ, SANTOS MLAD, UCHIMURA TT, MENEZES E. Temporal-spatial analysis of hospitalizations for bronchiolitis in Brazil: prediction of epidemic regions and periods for immunization against the Respiratory Syncytial Virus. Rev Paul Pediatr. 2023. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1984-0462/2023/41/2021304 

8. DE VERAS, B. M. G., PINTO, T., HOLST, A. G., LEPETIC, A., MICHELIN, L., & DA COSTA GOMES, M. F. Casos graves de vírus sincicial respiratório em anos de pandemia: uma análise retrospectiva da base de dados do sivep-gripe no brasil (2020-2022). The Brazilian Journal of Infectious Diseases, 27, 103129. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.bjid.2023.103129 

9. FIOCRUZ. Infogripe (22/12/2023). Acesso em novembro de 2024. Disponível em: InfoGripe: Nordeste segue com aumento de Covid-19 

10. FIOCRUZ. Infogripe (28/11/2024). Acesso em novembro de 2024. Disponível em: InfoGripe: casos de SRAG seguem em queda no Brasil 

11. GLEZEN, W. P.; TABER, L. H.; FRANK, A. L.; KASEL, J. A. Risk of primary infection and reinfection with respiratory syncytial virus. American Journal of Diseases of Children, v. 140, n. 6, p. 543-546, 1986. Acesso em novembro de 2024. Disponível em: Risk of Primary Infection and Reinfection With Respiratory Syncytial Virus 

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