Tabagismo
O consumo de cigarro ou outros derivados do tabaco está associado a cerca de 50 doenças, incluindo doenças cardiovasculares, câncer de pulmão, enfisema pulmonar e bronquite crônica, que estão entre as principais causas de morte no Brasil.
O que torna o tabagismo nocivo são as mais de quatro mil substâncias tóxicas presentes na fumaça do tabaco. Além das mais conhecidas, como alcatrão e monóxido de carbono, o fumante também inala substâncias radioativas, como polônio 210 e cádmio, metal encontrado em baterias de carros.
O tabagismo é identificado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica e epidêmica, considerada a maior causa evitável de adoecimento e morte precoce no mundo.
Estatísticas sobre o tabagismo
As estatísticas revelam que fumantes apresentam um risco:
- 15 a 30 vezes maior de ter câncer de pulmão;
- 12 a 13 vezes maior de sofrer de bronquite crônica e enfisema pulmonar;
- 2 vezes maior de sofrer infarto;
- 3 vezes maior de sofrer derrame cerebral.
Estimativas também mostram que o tabagismo é responsável por:
- 156 mil mortes por ano no Brasil (428 mortes por hora);
- 12,6% de todas as mortes que ocorrem no País em pessoas maiores de 35 anos;
- 90% dos casos de câncer no pulmão;
- 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer;
- 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;
- 45% das mortes causadas por doença coronariana, incluindo infarto;
- 25% das mortes por doenças cerebrovasculares, como derrame.
É importante lembrar que não fumantes expostos à fumaça de tabaco de outras pessoas (tabagismo passivo) também estão em maior risco para essas doenças.
Em média, o fumante vive 10 anos a menos do que o não fumante. Segundo estimativas, até 2030, 8 milhões de pessoas morrerão por ano em razão do consumo de cigarro em todo mundo.
Por que o tabagismo causa dependência
Muitas pessoas, mesmo conscientes dos prejuízos causados pelo tabagismo, têm dificuldade de abandonar esse hábito. O tabaco contém nicotina, uma substância altamente viciante. Ela é absorvida rapidamente pelo organismo e chega ao cérebro em poucos segundos. No cérebro, estimula a liberação de substâncias químicas que, temporariamente, causam prazer e relaxamento. A busca pela repetição desses efeitos agradáveis faz com que a pessoa queira fumar novamente e logo se torne dependente.
A dependência de nicotina tem três componentes básicos:
Dependência física - quando fumar se torna um hábito, o corpo se acostuma com a nicotina. Isso faz com que a privação da substância cause sintomas de abstinência, como desejo intenso de fumar, ansiedade, irritabilidade, inquietação, insônia, dor de cabeça e prisão de ventre.
Dependência psicológica - a pessoa sente que precisa fumar para conseguir fazer as tarefas do dia a dia ou para lidar com sentimento de tristeza, solidão ou ansiedade.
Dependência comportamental - o fumante associa o cigarro a certas situações da rotina, que se tornam gatilhos. Por exemplo, fumar ao acordar, após as refeições ou durante as pausas do trabalho.
Cigarros eletrônicos
O cigarro eletrônico é um dispositivo eletrônico para fumar (DEF), alimentado por uma bateria de lítio que usa a nicotina proveniente do tabaco na forma de aerossol. Em vez de uma fumaça provinda da combustão produzida no cigarro comum, o eletrônico solta um vapor ao ser aquecido, que contém a nicotina combinada com outras substâncias e em diferentes sabores.
Atualmente, o cigarro eletrônico, ou vaper, como também é conhecido, tem ganhado notoriedade principalmente entre os adolescentes e jovens por ser atrativo, tecnológico e possuir diversas opções de aditivos e sabores. Conta também o fato de esses aparelhos terem presença massiva em bares e festas como meio de socialização, e de erroneamente o cigarro eletrônico ser considerado menos prejudicial à saúde por passar por uma filtragem das impurezas.
Porém, o cigarro eletrônico tem os riscos semelhantes ou até piores que o fumo regular e já pode ser considerado uma porta de entrada para o vício no cigarro convencional. Segundo estudos, uma pessoa que usa o dispositivo tem 3 vezes mais chances de experimentar o cigarro comum e 4 vezes mais risco de fazer uso contínuo do mesmo.
Um exemplo de que esses dispositivos não são menos nocivos à saúde é o narguilé, que também é visto como mais inofensivo pelos jovens, mas é tão prejudicial quanto o cigarro. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma inalação de em média 20 a 80 minutos corresponde à exposição de todas as substâncias tóxicas contidas na fumaça de 100 cigarros.
Parar de fumar por conta própria pode ser muito difícil. Mas, com apoio e acompanhamento profissional, as chances de sucesso são muito maiores. O primeiro passo é conversar com seu médico. O profissional de saúde pode prescrever medicamentos que reduzem os sintomas de abstinência e indicar programas que auxiliam nesse processo.
As informações sobre saúde contidas neste site são fornecidas somente para fins educativos e não pretendem substituir, de forma alguma, as discussões estabelecidas entre médicos e pacientes. O diagnóstico de qualquer doença só pode ser realizado por um profissional de saúde. Somente ele pode ajudar você a decidir a melhor opção de tratamento. Em caso de dúvidas, favor contatar o Fale Pfizer pelo telefone 0800-16-7575 (de segunda a sexta-feira das 8h00 às 20h00).
Não tome nenhum medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde. Todas as informações contidas neste site são destinadas ao público brasileiro.
Referências
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- http://www1.inca.gov.br/situacao/arquivos/causalidade_tabagismo.pdf - acessado em 24/02/2019
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- https://www.cdc.gov/cancer/lung/basic_info/risk_factors.htm - acessado em 24/02/2019
- https://www.cdc.gov/tobacco/data_statistics/fact_sheets/health_effects/effects_cig_smoking/index.htm - acessado em 24/02/2019
- https://www.heartfoundation.org.au/your-heart/know-your-risks/smoking-and-your-heart - acessado em 24/02/2019
- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-parar-de-fumar/noticias/2021/mentiras-e-verdades-sobre-o-cigarro-eletronico - acessado em 16/02/2022
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- https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-brasil/eu-quero-parar-de-fumar/noticias/2018/narguile-e-cigarro-eletronico-modismo-entre-jovens - acessado em 16/02/2022
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